O
sucesso do Dreamcast começou logo na primeira leva de jogos, em
1998, com o lançamento do excelente Sonic Adventure. Apesar dos
pequenos defeitos que apresentava o game apavorou a galera pela
velocidade de processamento. Em seguida vieram Power Stone e Marvel
vs Capcom, da Capcom, dois jogos de luta surpreendentes! Para quem não
se lembra, Power Stone era um título de luta diferente, em que o
jogador tinha uma grande liberdade de movimentos nos ambientes 3D. Já
o clássico Marvel vs Capcom era uma conversão perfeita do arcade,
com um tempo de download quase imperceptível. Em 1999 o melhor jogo
para Dreamcast foi Soul Calibur, uma obraprima convertida com perfeição
do arcade. A Namco soube como usar todo o poder gráfico do console
da Sega e melhorou muito o game. Se o Dreamcast já estava bem na
foto, em 2000 o videogame detonou todas com os sucessos que saíram.
A empresa que mais se destacou no 128 bits foi a Capcom, que lamçou
logo no início de 2000 Resident Evil Code:Veronica. Lembra que
muita gente acabou comprando o Dreamcast só por causa desse título?
Tudo, incluindo cenários, monstros, personagens e as cenas de
computação gráfica, ficou perfeito.
Marvel vs Capcom 2 também inovou: o sistema para obtenção
de cenários, roupas e personagens secretos era feito por pontos.
Mas alguns deles só podiam ser conseguidos no arcade e outros, no
Dreamcast. Só que o mais sonhado game de luta ainda estava por vir:
Capcom vs SNK, em que essas duas empresas rivais se uniram para
fazer um tira-teima entre seus personagens. Nem é preciso dizer que
o jogo ficou animal, com gráficos em 2D e cenários com efeitos
nunca vistos até então! Ainda no gênero de luta, a Tecmo produziu
outro sucesso, Dead or Alive 2, que trazia personagens muito
caprichados e garotas com pouquíssima roupa! Entre os RPGs, os
melhores foram Grandia II e Skies of Arcádia, ambos excelentes. No
gênero ação, Quake III Arena, da Activision, é o principal
destaque. O game não ficou devendo nada à versão de PC: a
jogabilidade e os gráficos são idênticos, e o console suporta
quatro jogadores que podem ser conectados à rede. As softhouses
mandaram bem, mas quem fez mais jogos de sucesso para o Dreamcast em
2000 foi mesmo a Sega. Entre os títulos mais surpreendentes,
Shenmue é o primeiro colocado. Considerado a obra suprema de Yu
Suzuki, o adventure mistura muita interatividade, uma história sólida
e elementos de ação e luta. Outros destaques da Sega são Jet Grid
Radio, jogo muito criativo que retrata uma disputa entre pichadores;
e Ecco the Dolphin, que traz as aventura ecológicas do golfinho
Ecco debaixo d’água. Na área dos esportes, o grande destaque da
Sega foi a linha 2KI, cujos games – NFL 2KI (de futebol americano)
e NBA 2KI – podem ser disputados online nos Estados Unidos, via
SegaNet – o portal do Dreamcast lançado em setembro de 2000. No
início de 2001, a Sega lançou mais dois títulos de arrasar –
Daytona USA 2001 e Phantasy Star Online -, e ninguém poderia supor
que o console iria se aposentar tão logo! Daytona USA 2001 traz o
tradicional game de corrida dos arcades com retoque gráfico
especial, além da possibilidade de jogar online. Já Phantasy Star
Online inaugurou a era dos RPGs para consoles online: é possível
jogar em cinco línguas diferentes e montar times com pessoas de várias
partes do mundo.
TROFÉU
ABACAXI
O
Dreamcast teve poucos jogos ruins, mas muita softhouse pisou na bola
no Dreamcast! Vamos relembrar quais são os títulos que merecem o
troféu abacaxi! Filme trash, jogo trash: isso é o que se pode
falar de Chef’s Luv Jack (game horrível com os personagens de
South Park) e de Evil Dead: Hail to the King. Este último pretendia
concorrer com Resident Evil, mas passou longe! Os fãs de Toy Story
também tiveram que engolir Buzz Lightyear of Star Command, jogo de
ação sem atrativos e com jogabilidade irritante. Outro desastre:
Sengoku Turb, que era para ser um RPG simples e divertido, ficou
confuso, com jogabilidade esquisite e uma proposta gráfica que não
agradou. A experiente Eidos pisou no tomate com Urban Chaos, game
que tem ambientação escura demais, missões sem nexo e um controle
pavoroso. Se os jogos já citados são ruins, um outro merece troféu
abacaxi duplo: Wild Metal, que tem texturas lamentáveis e um manual
confuso e superficial.
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