Considerado o
“sucessor espiritual” de Super Mario RPG, este foi um dos poucos
títulos do gênero RPG lançados para o N64, além de ser um dos últimos
grandes games do console. E um dos melhores de toda a sua
biblioteca!

A
história se repete O
enredo deste título não tem muita coisa de diferente em relação
aos demais jogos de Mario: o infame Bowser capturou a princesa Peach
pela 275628798ª vez e cabe ao encanador mais famoso do planeta a
tarefa de resgatá-la. Contudo, Bowser tem uma arma diferente desta
vez: um bastão chamado Star Rod, um instrumento mágico que realiza
os (bons) desejos das pessoas e que é guardado em Star Haven, por
sete estrelas denominadas Star Spirits. Como Bowser nunca teve seus
desejos atendidos, já que ele só deseja o mal, ele resolveu
capturar os Star Spirits e roubar o Star Rod, a fim de ter todos os
seus desejos realizados. Com tal poder em mãos, o vilão se torna
praticamente invencível e a única esperança de Peach e do Reino
do Cogumelo é que Mario salve os Star Spirits, restabeleça seu
poder e derrote Bowser. Jogabilidade Um
dos pontos altos do jogo. Como foi dito acima, este jogo é um RPG,
onde você enfrenta, em turnos, os inimigos que surgem no caminho e
acumula experiência e dinheiro. Felizmente, este jogo não possui
batalhas aleatórias, você pode evitar a grande maioria dos
confrontos, o que dá uma boa agilidade ao jogo (embora você
acumule menos experiências se evitar muitas batalhas, mas essa é
uma decisão que o jogo passa ao jogador). Inicialmente,
Mario limita-se a atacar com pulos, mas no decorrer do jogo, poderá
utilizar também um martelo, diversos itens, ataques especiais e o
poder das Star Spirits, além de evoluir seus ataques básicos. Ao
vencer seus inimigos, Mario recebe dinheiro, algum item (às vezes)
e, mais importante, recebe Star Points. Cada vez que acumula 100
Star Points, Mario ganha um nível e tem o direito de evoluir um de
seus atributos: HP (energia), FP (utilizado em seus ataques
especiais) ou BP (que permite a você utilizar mais badges). A forma
como evolui seus atributos é fundamental para sua estratégia de
jogo e faz com que seu personagem possua características únicas. Uma
característica bastante interessante do gameplay e que foi herdada
de Super Mario RPG é o action command. O action command consiste em
apertar um botão ou realizar um determinado comando no momento
exato. Caso você consiga fazer um action command, seu ataque terá
um boost ou, se for no momento de defesa, seu personagem sofrerá
menos dano ou até mesmo se esquivará do golpe! Um dos exemplos
mais comuns do action command é com o ataque de pulo: se você
apertar o botão A logo antes de atingir seu adversário, Mario dará
um segundo pulo, causando mais estrago. Outra
característica muito bem implementada é o sistema de badges.
Badges são pequenos distintivos encontrados ao longo do game e que
têm as mais diversas funções. Alguns dão um ataque especial de
pulo, outros de martelo, enquanto outros servem para aumentar sua
defesa, aumentar as chances de Mario se esquivar de um ataque, ou de
ganhar mais dinheiro, etc. Existem badges das mais diversas funções
e cabe ao jogador decidir quais se adaptam melhor ao seu estilo de
jogo. Além disso, cada badge ocupa um determinado número de BP
(que como foi explicado mais acima, é um dos atributos de Mario) e
você deve levar isso em conta também ao equipá-los. O
gameplay possui vária outras características: além de Mario, você
controla também um parceiro (você encontra alguns ao longo de sua
jornada), sendo que cada um de seus amigos possui características e
ataques próprios, além de seus pontos fracos. Você deve descobrir
em qual situação cada um de seus parceiros se sai melhor. Além
disso, a cada Star Spirit recuperado, Mario ganha um “pedaço”
de Star Meter e um novo poder, que funciona mais ou menos como se
fossem os ataques mágicos do jogo. Utilizar bem todos estes
elementos é a chave para se dar bem na aventura, tornando o jogo
extremamente variado e divertido.

Mario
de papel Mas
não é só a jogabilidade que é um destaque no jogo: os gráficos
são um show à parte! Inicialmente, percebe-se logo o porquê do
jogo chamar-se Paper Mario: todos os personagens são 2d e são
fininhos como se fossem tiras de papel. O visual do jogo é um dos
mais belos vistos no N64, com cenários extremamente coloridos e
bem-definidos. O visual colorido e os personagens de papel dão todo
um clima de livro infantil ao jogo, o que só faz torná-lo mais
“mágico”. As paisagens que Mario atravessa são extremamente
variadas, indo desde a Toad Town até lugares únicos, como um
deserto e um vale cheio de neve, todos muito ricos em detalhes.
Embora os personagens e a jogabilidade sejam em 2d, os cenários são
todos em 3d, causando o chamado efeito 2.5d Em
relação às músicas, elas também cumprem muito bem seu papel:
cada local tem sua própria música, que sempre tenta passar o
“clima” da área. A música da ilha dos Yoshis, por exemplo,
possui uma animada batida em ritmo tropical. Além dos cenários,
cada um dos chefes também possui uma melodia única. Não bastassem
as músicas originais, é possível ouvir, em determinados momentos
do jogo, versões de músicas clássicas da série. Uma
aventura em Mushroom Kingdom Como
todos os RPGs, Paper Mario é relativamente longo. Para recuperar os
Star Spirits e derrotar Bowser, prepare-se para enfrentar umas 20
horas de jogo. Mas, caso queria completar todas as side-quests, esse
tempo pode aumentar muito, pois o jogo oferece inúmeras atividades
além da história principal: você tem que descobrir várias
receitas culinárias (que possuem diversos efeitos), prestar favores
ao ancião da vila dos koopas, responder ao quiz, encontrar vários
pedaços de estrela, entregar cartas, etc. São inúmeras tarefas a
realizar, que se encaixam perfeitamente no desenrolar da história e
são muito divertidas de fazer. Aliás, mesmo que você já tenha
cumprido todas as tarefas que o game disponibiliza, só parar e
ficar admirando suas belas paisagens já vale à pena.
Esse jogo teve uma seqüência, lançada para Game Cube em 2004, com
o título Paper Mario: The Thousand-Year Door.
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